As sociedades multiculturais são uma realidade. É um facto que a maior parte das sociedades em que vivemos são multiculturais, e o que caracteriza uma sociedade multicultural é, como a palavra sugere, a existência de uma série de culturas diferentes na mesma sociedade. Na literatura contemporânea sobre a multiculturalidade parece que há pelo menos três acepções diferentes para o conceito de sociedade multicultural. A primeira é a da existência de diversas nações históricas, com uma língua própria e uma história distinta, na mesma comunidade política.
Uma segunda acepção é a da existência de diversas comunidades étnicas geradas pela imigração voluntária ou forçada. Uma comunidade étnica seria marcada pela diferença em termos de língua e/ou religião e/ou usos e costumes. Neste sentido, mesmo os países europeus que há poucas décadas eram apontados como não multiculturais – a Islândia e Portugal - passaram a sê-lo por via da imigração recente.
Assim, podemos considerar que a maioria - senão todos - os Estados hoje existentes no mundo são multiculturais no sentido multinacional e/ou no sentido poliétnico. Esse é, sem dúvida, o caso de todos os países europeus.
Uma terceira acepção de sociedade multicultural é aquela que expande o conceito de cultura até fazê-lo coincidir com minorias nacionais, imigrantes, sexuais, e outras.
Uma terceira acepção de sociedade multicultural é aquela que expande o conceito de cultura até fazê-lo coincidir com minorias nacionais, imigrantes, sexuais, e outras.
Assim, a sociedade multicultural será aquela que reconhece a existência de diferentes grupos e que aceita as suas diferenças e as suas vozes distintas. Neste sentido, pode-se referir que as sociedades multiculturais são uma «sociedade arco-íris»