Sociedades Multiculturais

Este espaço pretende dar a conhecer o percurso académico do Educador Socioprofissional e a consequente aplicação prática na área da Acção Social.
Foi criado no âmbito da Unidade Curricular de Técnicas de Animação de Grupo do 2º ano do Curso de Educação Socioprofissional da Escola Superior de Educação Jean Piaget - Arcozelo, do Campus Académico de Vila Nova de Gaia, sob a orientação do Master Carlos Jorge De Sá Pinto Correia .Atualmente é desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular Métodos II, sob a orientação da Doutora Maria Orquídea.

Glossário

Animação Socioeducativa

Segundo Quintas (1998: 45-46) a animação possui quatro modalidades: a educativa, a social, a cultural e a económica. No contexto da animação desportiva e tempos livres das crianças interessa-nos falar essencialmente das duas primeiras modalidades mencionadas. No âmbito da modalidade educativa a animação entende-se como uma acção educativa não formal que contribui para o amadurecimento físico e psíquico das crianças. Através da modalidade social pretende-se superar desigualdades sociais, ajudando os mais desfavorecidos, e promovendo as relações interpessoais.

A animação socioeducativa, enquanto modalidade da animação sociocultural, e a educação não formal apresentam uma relação intrínseca, uma vez que a animação socioeducativa intervém, essencialmente com base na educação não formal, surgindo esta como estratégia complementar do sistema educativo, com uma acção educativa que deve ter como pressupostos básicos de actuação as regras, a ordem, a alegria, a socialização, a participação e a liberdade.

No âmbito da animação socioeducativa o animador desempenha o papel de educador, e a metodologia aplicada baseia-se na participação activa de todo o grupo. O animador trabalha baseando-se na animação socioeducativa, essencialmente, em movimentos educativos através de programas e actividades extra-escolares.
www.esec.pt/pagina.php?id=45



Crianças Lobo

Rudyard Kippling escreveu sobre um jovem índio que foi adoptado por uma família de lobos. Vendo que o garoto não possuía pêlos eles o chamaram de "Mowgli" (Pequeno Sapo). Ele cresceu para se tornar um caçador e com o tempo acabou matando Shere-Khan, o tigre que era a maior ameaça para a sua matilha.
Estas histórias, em muitos casos, possuem alguma base na realidade. No início do século XX surgiram vários relatos de crianças lobo vindos da Índia e de crianças babuíno, crianças gazela e crianças macaco vindos da África. Elas foram classificadas como Homo feros pelo biólogo sueco Carolus Linnaeus no século XVIII mas o nome pelo qual ficaram conhecidas popularmente foi o de crianças lobo, devido ao seu comportamento selvagem, seu desdém pelas autoridades, desgosto por roupas e em muitos casos uma grande afinidade por carne crua.
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Cooperação

É um tipo de processo social em que dois ou mais indivíduos, ou grupos actuam conjuntamente tendo em vista um objectivo comum. São numerosos os interesses que levam os indivíduos à cooperação: de ordem material (por exemplo: a constituição de uma sociedade comercial), e de ordem espiritual (como a constituição de uma associação com fins culturais e não lucrativos).
In Sociologia 12º ano, 1995, Lisboa Editora





Dinâmicas de grupo


Fundada por Kurt Lewin, a Escola da Dinâmica de grupo desenvolve uma proposição geral de que o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertence. Dinâmica de grupo é a soma de interesses dos componentes do grupo, que pode ser activada através de estímulos e motivações, no sentido de maior harmonia e aumento do relacionamento.
As relações existentes entre os membros de um grupo recebem o nome de relações intrínsecas. O chefe deve estar atento às relações entre os componentes do grupo, deve procurar desenvolver o sentido de equipa, estimulando os seus elementos ao respeito e à estima recíprocos. As reuniões periódicas, as palestras e as conversas informais com os componentes do grupo colaboram para que estes resultados sejam alcançados.
Segundo esta Escola, os grupos podem participar do processo de mudança em pelo menos três perspectivas diferentes:
- O grupo como instrumento de mudança. Nesta perspectiva, o grupo aparece como fonte de influência sobre seus membros. Os esforços para mudar o comportamento podem encontrar apoio ou resistência do grupo sobre os seus membros;
- O grupo como meta de mudança. Nesta perspectiva, para mudar o comportamento de indivíduos, pode-se tornar necessário mudar os padrões do grupo, seu estilo de liderança, seu ambiente emotivo, etc. Muito embora a finalidade possa ser a mudança do comportamento de indivíduos, o grupo torna-se a meta da mudança;
- O grupo como agente de mudança. Certas mudanças de comportamento podem ser provocadas somente através de esforços organizacionais de grupos que actuem como agentes de mudança. Kurt Lewin devotou os últimos anos da sua vida à pesquisa da dinâmica de grupos, acreditando que os grupos alteram o comportamento individual dos seus constituintes. Na base das suas análises estão os efeitos dos métodos de liderança democrático, autocrático e de laissez-faire. Lewin afirmou estar convencido que os grupos pequenos operam com mais sucesso quando conduzidos de forma democrática.
http://www.infopedia.pt/$kurt-lewin



Grupo


É uma unidade social, um conjunto de indivíduos, mais ou menos estruturada, com objectivos e interesses comuns cujos elementos estabelecem entre si relações e interagem. Um conjunto de pessoas constitui um grupo quando estas: interagem com frequência, partilham normas e valores comuns, participam de um sistema de papéis, cooperam para atingir determinado objectivo, reconhecem e são reconhecidos pelos outros como pertencentes do grupo.





Tipos de Grupo

Os grupos diferenciam-se nos seguintes aspectos: dimensão, duração, valores e objectivos e amplitude das actividades realizadas.

Desta feita, existem quatro tipos de grupo: os primários, os secundários, os formais e os informais.
Os grupos primários são unidades sociais pequenas e com uma interacção frequente entre os seus membros, sendo baseado em vínculos afectivos – família, grupo de amigos, etc.

Os grupos secundários são unidades sociais cujos membros comunicam mais indirecta do que directamente entre si, sendo escassa a vinculação afectiva e limitando-se a solidariedade a um campo de interesses normalmente de natureza laboral e formal – um sindicato, uma empresa, um partido político, etc.

Os grupos formais são unidades sociais hierarquizadas segundo normas que definem com exactidão o papel dos seus membros, estando as regras de funcionamento, na maior parte dos casos, expressa por escrito num regulamento interno. São grupos relativamente estáveis e duráveis – família, empresa, concelho executivo, etc.

Os grupos informais são unidades sociais cujos laços afectivos estão mais vinculados em gostos e interesses comuns, não havendo hierarquias fixas, mesmo quando existe liderança. São grupos efémeros, como por exemplo o grupo do liceu.








Liderança

No interior dos grupos estabelece-se uma divisão de funções e relações de cooperação entre os seus membros. O tipo de tarefas, estrutura, organização e normas variam.
Contudo, há um elemento comum a quase todos os grupos - a existência de um coordenador, de um líder. Mesmo nos grupos mais pequenos, há a tendência para se escolher entre os seus membros um elemento que coordene a actividade colectiva, para melhor atingir os objectivos definidos, para afirmar o próprio grupo.


Tipos de Liderança

Liderança autocrática: o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou directiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, de modo imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve executar, o líder determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

Liderança democrática: chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. Aqui as directrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com o debate. A divisão das tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os seus próprios companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo. Ele é objectivo e limita-se aos factos nas suas críticas e elogios.

Liderança liberal ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipa madura, auto-dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los.
in MONTEIRO, M, Santos, Milice R. Psicologia, 1º volume, Porto, Porto Editora




Máscara

A máscara não é específica do Carnaval. Tem origem religiosa, e ainda hoje, em África, por exemplo, conserva o sentido primordial: homem que envergue a máscara do crocodilo é o espírito do crocodilo - a máscara manifesta a divindade e transmite ao portador todo o seu poder. Estes aspectos foram-se esquecendo paulatinamente noutras culturas. Quando passa para o teatro, grego e romano, já o sagrado desapareceu e a identificação faz-se entre actor e personagem, ou entre máscara e personagem, que aliás são o mesmo vocábulo em latim: persona.
triplov.com/editorial/mask.html



Multiculturalismo

O fenómeno do multiculturalismo ou diversidade cultural acontece com pessoas de espaços culturais diversos que são muitas vezes obrigadas a relacionar-se e a conviver entre si.
Devido à imigração é possível numa região a assistência de diversos núcleos culturais e ainda grupos sociais que por diversas razões se sentem marginalizados.
Perante a assistência de diferentes culturas, as pessoas podem assumir atitudes como o etnocentrismo, o relativismo cultural e o interculturalismo.
O etnocentrismo inclui as pessoas que observam as outras culturas em função da sua própria cultura. Os etnocentristas para preservarem os traços da sua cultura assumem posturas negativas como a xenofobia, o racismo e chauvinismo.
O relativismo cultural incluiu as pessoas que perspectivam as outras culturas a partir dos valores por que se regem. Os relativistas sofrem algumas consequências como o
racismo, o isolamento e a estagnação.

O interculturalismo é um movimento que respeita as outras culturas. O interculturalismo promove objectivos como compreender a natureza pluralista, promover o diálogo entre culturas, compreender a complexidade e riqueza da relação entre as diferentes culturas e colaborar na busca de respostas aos problemas mundiais.
Como não se pode dizer que uma cultura atingiu o seu total desenvolvimento, o meio de possibilitar o enriquecimento mútuo de todas elas é o diálogo. O interculturismo faz com que se aprenda a conviver no mundo pluralista e que se respeite e defenda toda a humanidade.
alfafilos.blogspot.com/2007/02/multiculturalismo.html



Técnicas


Técnica é um procedimento que tem como objectivo obtenção de um determinado resultado, seja na ciência na tecnologia, na arte ou em qualquer outra área. Por outras palavras, uma técnica é um conjunto de regras, normas ou protocolos que se utilizam como meio para chegar a uma certa meta.


Voluntariado

Entende-se por voluntariado o sistema de organizar o trabalho voluntário, isto é, aquele que se faz sem remuneração alguma, onde pessoas que livremente, além do cumprimento dos seus deveres civis e obrigações como cidadãos, se consagram a realizar uma serie de actividades para atender os problemas que afligem a indivíduos, grupos, sectores sociais, etc.






COMUNICAÇÃO- É o estabelecimento de uma corrente de pensamento ou mensagem, dirigida de um indivíduo a outro, com o fim de informar, persuadir, ou divertir. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo). Significa, também, a troca de informações entre um transmissor e um recetor, e a inferência (perceção) do significado entre os indivíduos envolvidos.
Http://pt.scribd.com/doc/13460315/Aula-4-Comunicacao-Interpessoal


Emissor - é o sujeito que envia a mensagem.



Mensagem - é o objeto principal da comunicação, sem ela não há entendimento, é o elemento físico da comunicação.


Canal - meio físico através do qual a mensagem se transmite, que pode ser escrita, falado, televisionada, por telefone, fax, internet ou ainda interpessoal, de pessoa a pessoa.



Código - conjunto de sinais e de regras e na combinação destes sinais, sem eles não haveria a leitura de todos os outros elementos, que as letras, a voz, o timbre, a articulação e a audição podem transmitir.

Feedback - corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo recetor

COMUNIAÇÃO ALTERNATIVA – Refere-se a qualquer forma de comunicação, diferente da fala, usada por um indivíduo em contexto de comunicação frente a frente.
(von Tetzchner e Martinsen, 2000)

COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA – É uma forma de comunicação complementar ou de apoio, a qual tem o duplo objetivo de promover e apoiar a fala e garantir uma forma de comunicação, caso a pessoa não aprenda a falar.
(von Tetzchner e Martinsen, 2000)


COMUNICAÇÃO COM AJUDA- Compreende todas as formas de comunicação em que a expressão da linguagem exige o uso de qualquer instrumento exterior ao utilizador. Os signos são selecionados. Tabelas de comunicação, dispositivos com fala digitalizada, computadores e outros tipos de tecnologias de apoio para a comunicação são utilizados nesta categoria. Apontar um signo gráfico ou uma imagem é comunicação com ajuda, porque o signo ou a imagem são a expressão comunicativa.

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL- É essencialmente um processo interativo e didático (de pessoa a pessoa) em que o emissor constrói significados e desenvolve expectativas na mente do recetor.

COMUNICAÇÃO SEM AJUDA -Abrange as formas de comunicação nas quais quem comunica tem que criar as suas próprias expressões da linguagem. Os signos são produzidos. Temos o exemplo dos signos gestuais. O código Morse também faz parte deste conjunto, porque o próprio utilizador produz cada letra em Morse. O vulgar ato de apontar e outros gestos são também exemplos de comunicação sem ajuda, pois os próprios gestos são a expressão comunicativa.
           


Uma mensagem pode ser transmitida de modo:
 VERBAL – A comunicação verbal é o modo de comunicação mais familiar e mais frequentemente usado. Divide-se:
         VERBAL-ORAL  
 Refere-se a esforços de comunicação tais como dar instruções a um colega, entrevistar um candidato a um emprego, informar alguma coisa a alguém, e assim por diante.).
 VERBAL-ESCRITA
Refere-se a memorados, relatórios por escrito, normas e procedimentos.
SIMBÓLICA  
As pessoas cercam-se de vários símbolos, os quais podem comunicar muito a outras pessoas. O lugar que moramos, as roupas que usamos, o carro que dirigimos, a decoração do escritório e outras coisas mais expressam parte da nossa personalidade.
Http://www.ceismael.com.br/oratoria/comunicacao-interpessoal.htm